Mais uma raça para vocês, esse é esperto demais!

Origem
O Border Collie é um cão de pastoreio e trabalho, desenvolvido pelos britânicos há mais de cem anos. É uma raça portanto relativamente jovem, mas nem por isso suas origens são precisas, isso porque seus ancestrais já exerciam suas funções desde o século XIV. Os primeiros indícios da formação do Border Collie datam de 1570, quando os primeiros exemplares começaram a ser descritos.
O Border Collie é um cão de pastoreio e trabalho, desenvolvido pelos britânicos há mais de cem anos. É uma raça portanto relativamente jovem, mas nem por isso suas origens são precisas, isso porque seus ancestrais já exerciam suas funções desde o século XIV. Os primeiros indícios da formação do Border Collie datam de 1570, quando os primeiros exemplares começaram a ser descritos.
O
desenvolvimento do Border Collie, ao contrário do que aconteceu com muitas raças, sempre primou por suas características de trabalho, ou seja, acasalavam-se os exemplares
com melhor desempenho para as funções específicas sem tanta preocupação com o seu
tipo físico. Talvez seja por isso que até hoje os Borders conservem como principal
característica física a aparência rústica. Outro dado que confirma essa tese é que a
grande maioria dos Borders é registrada apenas nos clubes da raça voltados para o
desempenho do pastoreio e não dos kenneis gerais. A importância ao desempenho do cão
nas suas atividades originais é tão grande que as associações emitem registros de
avaliação dos cães para o pastoreio e organizam competições apenas entre os melhores
exemplares.

Apesar de ser um cão extremamente popular em seu país de origem, o
Border começou a ganhar reconhecimento no Brasil após sua participação em comerciais
como o do Unibanco e em filmes, como o Babe, o Porquinho Atrapalhado.
Personalidade
Segundo o pesquisador Stanley Coren, autor do livro A Inteligência dos Cães, a raça está em primeiro
lugar entre as 133 que tiveram sua inteligência de obediência e trabalho. De acordo com
o levantamento, 190 dos 199 juízes participantes situaram o Border entre os dez melhores,
o que lhe garantiu a liderança do ranking.
No entanto, a inteligência e a habilidade para resolver situações
complexas pode se transformar num problema para o dono, uma vez que da mesma maneira que
aprende as coisas que o dono quer, aprenderá na mesma velocidade coisas que são
absolutamente dispensáveis.
A principal característica do Border ‘em ação’ é o seu chamado
‘power eye’. É através de seu olhar ‘penetrante’ que ele consegue,
apesar do tamanho, dominar rebanhos com tanta eficiência.
O Border é, antes de mais nada, um trabalhador. Desenvolvido para o trabalho, pode ser considerado por muitos um 'workholic'. Sua principal característica – pela qual foi selecionado durante tantos anos – é a capacidade de lidar especialmente bem com rebanhos. Em seu país de origem, estima-se que 98% de todas as propriedades rurais utilize cães para auxiliar no trabalho com o rebanho, e grande parte destes cães são borders. É um cão com extrema vitalidade e uma enorme necessidade de executar tarefas, por isso não é incomum encontrar relatos de borders que, na falta de um rebanho de ovelhas para cuidar, acaba pastoreando patos, crianças... enfim, qualquer coisa que se mova.

Filhotes
Uma característica marcante dos
borders é a sua precocidade e energia. Segundo treinadores, os Borders começam seu
desenvolvimento antes das demais raças e por isso estão 'prontos' mais cedo que os
demais.
Para os pequenos filhotes a principal motivação para o aprendizado é
o interesse do dono. Assim, um bom dono é capaz de obter excelentes resultados com um
Border mesmo com poucos meses.
O instinto de pastoreio do Border é ainda tão forte que mesmo os
pequenos filhotes já começam a assumir a pose típica da raça quando trabalha:
colocando a cabeça para frente, patas da frente abaixadas e garupa alta. Segundo os
estudiosos, essa postura é uma aliada na intimidação das ovelhas.
Apesar do tamanho e por ser um cão
desenvolvido para o trabalho, não é recomendado para áreas pequenas onde não possa
realmente gastar sua energia em atividades ‘úteis’. Um border entediado é
capaz de se transformar num cão bastante destrutivo e arteiro.
Quanto às crianças, dá-se bem com elas, mas seu instinto de pastor
pode assustá-las se forem muito pequenas.
Quanto à higiene, banhos podem ser dados mensalmente, mas as
escovações devem ser freqüentes para manter a pelagem sempre na melhor forma. Nos de
pêlo longo, mais ainda: de preferência, todo dia.


Características
Até em função de ter sua criação
essencialmente voltada ao trabalho, a raça não segue um padrão muito rígido quanto ao
tipo físico desejado e assim há uma grande variedade de cores e marcações possíveis
para o Border, normalmente em preto, marrom, vermelho, e até mesmo o azul merle, sobre
fundo branco, que não deve ser predominante.
O padrão adotado pela CBKC – entidade brasileira de cinofilia,
determina algumas características que todo Border deve ter, como por exemplo um corpo um
pouco mais comprido do que alto, o porte médio com cerca de 50 cm na altura da cernelha,
o focinho relativamente fino, as orelhas afastadas e inseridas no alto da cabeça, a cauda
moderadamente comprida.
O pêlo pode ser curto ou longo; as orelhas eretas ou semi-eretas.
Para ver as cores possíveis de um Border Collie clique aqui.



O Border está sujeito a alguns males
hereditários. Um é a
Atrofia Progressiva da
Retina, conhecida como
PRA central, uma atrofia da retina devido a depósito de melanina, que pode aparecer a
partir dos três anos. Esta doença, que chegou a afetara 12% dos cães ingleses na
década de 80, alcança hoje apenas cerca de 1% do plantel na Inglaterra.
Outro problema que pode acometer os Borders é a CEA (Anomalia do Olho
do Collie), um descolamento da retina e que aparece bem cedo no Border. A CEA resulta em
sangramentos e cegueira e atingem cerca de 2% dos exemplares.
Casos de displasia coxo-femural
(anomalia no encaixe do fêmur e da bacia) também já foram relatados, mas são mais
raros.
Importante saber...
O Border Collie tem predisposição a intoxicação por Ivermectina. Isso se deve ao fato da raça ter uma mutação do gene MDR1. Este gene codifica uma P-glicoproteina que tem a
função de bombear os medicamentos para fora do cérebro, de volta para a
corrente sanguínea onde eles serão metabolizados com segurança. Nos
Collies em que esta P- glicoproteina está incompleta, o medicamento não
pode ser bombeado para fora do cérebro, causando a neurotoxicidade. Para saber mais sobre esse assunto acesse:
Fonte: